Tatiana Barbosa Ferrari - Terapeuta Ocupacional

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ENTENDENDO A SÍNDROME DE ASPERGER

Diagnóstico e tratamento precoces fazem toda a diferença para um desenvolvimento mais saudável

Crianças com dificuldade de sociabilização, linguagem rebuscada para a idade e interesse intenso e limitado por apenas um ou poucos assuntos, podem ser portadoras da síndrome de asperger, transtorno do desenvolvimento que afeta principalmente indivíduos do sexo masculino e cujas causas ainda são desconhecidas. Porém, como se trata de um distúrbio congênito, há estudos em andamento que procuram estabelecer a relação com alguma desordem genética.

A partir de 2013 a síndrome de asperger deixará de ter essa denominação e passará a ser classificada em uma forma branda de autismo. Diferentemente do autismo clássico, porém, quem tem asperger não apresenta comprometimento intelectual retardo cognitivo. Por isso, os primeiros sinais e sintomas do distúrbio costumam ser ignorados pelos pais, que os atribuem a características da personalidade da criança. Com frequência, a desconfiança aparece no início da vida escolar, quando a dificuldade de se relacionar com os colegas e a falta de interesse por tudo o que não esteja ligado ao seu foco de hiper atenção manifestam-se mais intensamente.

Usualmente os primeiros relatos sobre o problema são feitos ao pediatra, que poderá encaminhar a criança aos médicos especialistas para uma avaliação mais profunda e detalhada. Não há exames laboratoriais ou de imagens destinados à confirmação do diagnóstico e atualmente o principal instrumento para essa finalidade são os testes aplicados por neuropsicólogos, que por meio de tarefas propostas à criança observam e avaliam aspectos cognitivos como memória, atenção e habilidades sociais.

O tratamento é multidisciplinar e baseia-se em desenvolver habilidades e recursos para minimizar as manifestações características, em especial a dificuldade no convívio social. As terapias são feitas a longo prazo, já que se trata de um distúrbio crônico. Medicamentos são utilizados apenas para tratar sintomas decorrentes dessas manifestações, como ansiedade, depressão e extrema irritabilidade.

Quem tem a síndrome e chega à vida adulta sem diagnóstico ou tratamentos adequados pode enfrentar sérios problemas de relacionamento na vida pessoal, escolar e profissional. Além disso, trata-se de um risco para o desenvolvimento de outros distúrbios, como o transtorno bipolar. Quanto mais precoces e precisos forem o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de a criança asperger desenvolver-se de forma mais saudável, com um comportamento mais sociável, flexível e independente.

Fonte: www.einstein.br

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