A terapia ocupacional possui um importante papel no atendimento com pacientes adolescentes e adultos diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Na maioria das vezes essas pessoas, necessitam de intervenção terapêutica para conseguir vivenciar situações rotineiras da vida de qualquer adolescente e adulto. Situações como criar independência para ir á uma padaria, retirar sua documentação, decidir o caminho estudantil ou profissional, enfim, vivências que para um grupo ocorre de forma natural, mas que para essas pessoas, o terapeuta ocupacional faz toda a diferença na resolução dessas tarefas rotineiras.
Na maioria dos casos, o paciente não encontra vontade, satisfação por inúmeros situações internas relacionadas ao espectro de se socializar e de buscar uma vida adulta produtiva, nesses casos que a terapia ocupacional proporciona um ambiente onde ele possa encontrar o suporte afetivo que o ajude a se incluir no mundo externo.
Muitas vezes tarefas do dia a dia, organização ocupacional, motivação para se tornar produtivo não tem muito significado para as pessoas com o TEA e seus familiares, que muitas vezes preferem passar a vida toda fazendo essas atividades pelos seus filhos, acreditando que estão lhes protegendo, quando na verdade estão impedindo o crescimento deles.
Como resultado, muitos pacientes sofrem não apenas de
dificuldades emocionais e do pensamento, mas também da falta de habilidades
sociais e de uma boa inclusão social. As abordagens psicossociais são
necessárias para promover a inclusão do paciente à família e à sociedade.
É dentro desta abordagem psicossocial, seja na clínica, na comunidade,
e em programas de reabilitação, que o terapeuta ocupacional vem desenvolvendo
seu trabalho que tem por um de seus objetivos ajudar o paciente a lidar com as
dificuldades do dia-a-dia.
O papel do Terapeuta Ocupacional
A Terapia Ocupacional atua com esses pacientes através de terapia familiar, dos grupos, e dos acompanhantes terapêuticos.
Inicialmente a terapia ocupacional surgiu com o objetivo de reabilitar,
readaptar e reinserir socialmente o paciente, ao longo dos anos o espaço e a
importância esta pratica tem aumentado. Neste tratamento, o paciente, o
terapeuta e a atividade por eles desenvolvida formam uma tríade que se
desenvolve com o objetivo de uma melhor compreensão e significado para o paciente.
Terapia familiar A família freqüentemente
"adoece" junto com o paciente e necessita de atenção. A intenção é
apoiar os familiares orientando os sobre o TEA e como relacionar se com o
paciente, bem como identificar e cuidar de questões outras alheias ao paciente;
para que isto ocorra o Terapeuta Ocupacional tem que conhecer o contexto
sócio-cultural do paciente, através de um estudo profundo e delicado.
Grupos: Os pacientes e
o terapeuta desenvolvem uma tarefa durante o grupo determinada e executada por
ele. Tal prática visa a melhora do pragmatismo, da comunicação individual e
social.
Acompanhante Terapêutico (AT) Este
profissional relativamente novo tem por objetivo ajudar o paciente na integração social, bem como uma melhor organização das tarefas cotidianas.
Cada paciente necessita de um plano terapêutico especifico, nele leva se
em conta as características do indivíduo, sua sintomatologia e os objetivos a
serem alcançados com o tratamento.
Quando necessário e solicitado, o Terapeuta Ocupacional interage com
outros profissionais da área da saúde buscando um atendimento completo e
objetivo para a melhoria do paciente.
CONCLUSÃO
A Terapia Ocupacional vem formando profissionais cada vez mais capacitados na área mental,
principalmente no que diz respeito à inserção do paciente à
família e à sociedade, e às suas tarefas do cotidiano.
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