Tatiana Barbosa Ferrari - Terapeuta Ocupacional

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como estimular um bebê


Estímulos e atividades adequadas à idade e à capacidade de cada criança

estimulação do bebê
Durante a estimulação, não somente se potencializará adequadamente o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional do bebê, como também se respeitará seu desenvolvimento individual, suas capacidades, sua predisposição, e seu ritmo. Cada criança é única e diferente, e os pais devem ter isso em conta na hora de estimulá-la. O bebê deverá viver livremente esta experiência e não como uma obrigação. Jamais se deverá forçar um bebê que faça alguma atividade que ele não esteja preparado nem suficientemente estimulado. O bebê deve sentir-se livre e motivado para manter sempre uma boa auto-estima durante todo o processo de aprendizagem. Por esta razão, os pais devem respeitar seu desenvolvimento individual, evitando comparações e pressões sobre seu filho.
Os pais também aprenderão e crescerão em sua tarefa de pais durante a estimulação dos seus filhos. Antes de começar com a estimulação do bebê, é importante que eles conheçam as etapas de desenvolvimento de um bebê para que possam apresentar-lhes estímulos e atividades adequadas à sua idade e capacidades.

A estimulação do bebê reforçará o vínculo emocional com os pais

A estimulação começa com atividades de contato com o bebê. Isso reforçará o vínculo emocional, afetivo, através de massagens e estímulos sensoriais, entre pais e filhos. A partir daí, se dará início às atividades de motricidade, concentração e de linguagem. A brincadeira é uma ferramenta efetiva de estimulação para os bebês. Através das brincadeiras (jogos, etc.), os pais podem observar o comportamento do seu filho e conhecer suas necessidades, desejos, gostos e inquietações. 
Na estimulação precoce, deve-se buscar o equilíbrio. Por isso, deve ser integral, tanto física como intelectual. Se uma criança só aprende a jogar bola, e não é adequadamente estimulado na leitura, por exemplo, será um gênio do esporte, mas se sentirá incapaz de ler um livro. A estimulação desde cedo, deve circular por todos os caminhos: físico, intelectual, emocional, ou seja em todas as áreas. Outra coisa é que para algumas crianças será melhor ler um livro do que jogar basquete. Isso será uma opção pessoal da criança e deve-se respeitá-la. Em todo caso, a estimulação deve, através de experiências e habilidades, gerar a motivação nas crianças. Crianças motivadas são crianças felizes.
Se os pais optam pela estimulação precoce, devem ter bem claro que esta decisão lhes exigirá uma certa dedicação ao dia. Muitos pais dizem que é muito afetiva e proveitosa, pelo menos no que se refere ao tempo que compartilham com seus filhos.

Conselhos de estimulação precoce dos bebês para os pais

1- Respeite o tempo de resposta do seu filho. Escolha um momento tranquilo para brincar com ele. Evite brincar com seu filho quando notar que ele está cansado, e sobrecarregá-lo de tarefas e de estímulos. 
2- Escolha objetos agradáveis ao tato, paladar, audição, e que sejam claro, seguros.
3- As brincadeiras devem ser acompanhadas de canções, palavras e sorrisos. De carinho e doçura, também.
4- A brincadeira deve ser algo prezerosa para os dois.
5- Aproveite o momento do banho para dar uma massagem no seu filho.
6- Use a música enquanto seu filho no carro ou em casa.
7- Brinque com livros com seu filho. Se é um bebê, existem livros de plástico, de pano, com odores e texturas distintas. 
8- Conte contos a seu filho antes de dormir. 
Fonte: guiainfantil

sábado, 22 de outubro de 2011

A engenharia do autismo


A engenharia do autismo

Quem é o psicólogo britânico que decidiu procurar entre profissionais da área de exatas as origens do transtorno que afeta a habilidade de se comunicar

MARCELA BUSCATO

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POLÊMICO O psicólogo Simon Baron-Cohen. Sem medo de enfrentar controvérsias, ele procura pelas origens do autismo entre pessoas com inclinação para a matemática  (Foto: Brian Harris/Rex Features/Glow Images)
Eindhoven é o principal polo de tecnologia da Holanda. A cidade de 270 mil habitantes concentra duas importantes universidades tecnológicas e dezenas de indústrias de olho nos cérebros privilegiados formados lá. Nos últimos anos, as autoridades de saúde da cidade começaram a se dar conta de uma mudança. Não havia nenhum levantamento oficial, mas os especialistas tinham a sensação de atender mais crianças com autismo, um transtorno de desenvolvimento que atinge principalmente meninos e afeta a habilidade de relacionamento e comunicação.
Os boatos despertaram a atenção do psicólogo britânico Simon Baron-Cohen, de 53 anos, diretor do Centro de Pesquisa em Autismo da Universidade de Cambridge. Baron-Cohen tem fama em seu campo por dois motivos. É primo do comediante Sacha Baron-Cohen, conhecido mundialmente pelo personagem Borat, um jornalista do Cazaquistão politicamente incorreto e dono de um infame traje de banho verde-limão (quem viu não esquece). O segundo motivo que dá fama ao Baron-Cohen cientista e, provavelmente, o que mais lhe agrada são suas teorias polêmicas sobre as origens do autismo. Ele está longe de ser um oportunista. É sempre cauteloso ao explicar a dimensão de suas descobertas. Mas tampouco foge de controvérsias.
Para Baron-Cohen, o aumento de crianças com autismo, possivelmente o caso de Eindhoven, deve-se ao casamento entre pessoas com tendências autistas. Todo mundo conhece alguém assim: é o amigo da faculdade ou do trabalho com interesses muito específicos (pode ser organizar sua coleção de livros sobre trens ou colecionar espécies de um gênero de orquídea). Ele percebe facilmente padrões dispersos pelo cotidiano, como a sequência de funcionamento dos semáforos de uma avenida, e não tem muitos amigos. Segundo Baron-Cohen, pessoas com esse perfil escolhem profissões que aproveitem essa facilidade para captar padrões. Tornam-se engenheiros, matemáticos, físicos, cientistas da computação. “Não estou dizendo que todos os engenheiros e matemáticos são autistas”, afirmou a ÉPOCA Baron-Cohen. “Mas é comum que, entre esses profissionais, existam mais pessoas com características compatíveis com autismo.”
Há uma incidência maior de autismo entre matemáticos"
SIMON BARON-COHEN  
Esse tipo de habilidade está presente em todos nós, em maior ou menor grau. Entre os autistas, estaria absolutamente fora do normal. Alguns são capazes de criar fórmulas matemáticas para calcular em que dia da semana caiu uma data passada e quando cairá no futuro. Nos profissionais das ciências exatas, “grandes sistematizadores”, segundo Baron-Cohen, essa capacidade estaria na fronteira entre o normal e o fora do comum. “Talvez, eles tenham apenas alguns dos genes do autismo e manifestam só algumas características”, diz. Como são atraídos por um tipo específico de profissão, se concentrariam em polos tecnológicos, onde conheceriam mulheres com interesses semelhantes e, provavelmente, também com alguns dos genes do autismo. Ao se casarem, teriam filhos autistas ao unir suas cargas genéticas.
O caso de Eindhoven parecia a oportunidade perfeita para Baron-Cohen reunir evidências em favor de sua tese. Ele pediu que as escolas da cidade informassem o número de crianças autistas matriculadas. Fez o mesmo com escolas de outras duas cidades holandesas de tamanho semelhante – Haarlem e Utrecht –, mas cujas economias não são baseadas no setor tecnológico. A conclusão do estudo, divulgado há pouco mais de dois meses em uma importante publicação sobre autismo, parece confirmar as suspeitas de Baron-Cohen. Em Eindhoven, há entre duas e quatro vezes mais casos do que em Haarlem e Utrecht. A pesquisa foi a primeira a comparar a prevalência de autismo em um polo tecnológico com cidades de perfil econômico diferente. E, portanto, a provar cientificamente a relação. Mas a suspeita não é nova.
O primeiro caso a chamar a atenção foi o da Califórnia, Estados Unidos. O Estado engloba o Vale do Silício, região que concentra algumas das principais empresas de tecnologia do mundo, como o Facebook, o Google e a Apple. Entre 1987 e 2007, segundo estatísticas do governo americano, o número de diagnósticos de autismo aumentou 1.148%. A população cresceu só 27%. A ideia de que os pais de crianças com autismo tenham formas atenuadas da condição paira sobre o campo da psiquiatria desde o final da década de 1980. Mas foi Baron-Cohen que tomou para si a tarefa de provar ou refutar a teoria. Em sua busca pelas origens do autismo, já analisou milhares de familiares de matemáticos e engenheiros. As conclusões reforçam sua tese. Entre 1.405 parentes de estudantes de matemática, ele encontrou sete casos de transtornos semelhantes ao autismo. Nas famílias de universitários de outras áreas, achou apenas dois. Em um estudo com crianças autistas, a probabilidade de que o pai da criança ou um dos avôs fosse engenheiro era duas vezes maior.
A teoria, claro, é polêmica. “Esses achados precisam ser reproduzidos por outros estudos para que sejam considerados”, diz a psiquiatra Letícia Amorim, da Associação de Amigos do Autista. Os cientistas não têm certeza nem das origens genéticas do autismo. Não sabem se o transtorno é causado por dois ou 200 genes. Logo, é difícil procurar por eles entre matemáticos e engenheiros. Além disso, existe a dificuldade de fazer o diagnóstico.
Há um espectro de condições relacionadas ao autismo, algo parecido com uma escala. Pessoas com as formas mais graves têm quociente menor de inteligência, não desenvolvem a linguagem e não conseguem se relacionar. Na outra ponta da escala, os pacientes podem ter o quociente de inteligência acima da média da população e menos dificuldade para interagir socialmente. Baron-Cohen acredita que os físicos Albert Einstein e Isaac Newton, criadores das teorias que explicam o Universo, estavam nesse extremo do espectro, uma síndrome conhecida como Asperger. Em alguns casos, a fronteira entre a síndrome e o considerado “normal” é tão tênue que é difícil saber se pais de crianças autistas, possivelmente os matemáticos e engenheiros da teoria de Baron-Cohen, também não são eles mesmos Aspergers. Isso torna ainda mais complicado provar a teoria das tendências autistas.
Baron-Cohen diz que toda essa polêmica é por bons motivos. Porque ajuda os especialistas a entender como os autistas pensam e a refinar estratégias de aprendizagem destinadas a crianças com o transtorno. Além disso, serviria para mudar o olhar da sociedade. “Ao mostrar que esses traços podem estar presentes em profissionais, percebemos que o autismo engloba habilidades e até talentos”, diz.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2011/09/engenharia-do-autismo.html?utm_source=epoca&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

domingo, 9 de outubro de 2011

Conheça um pouquinho mais sobre o Pró- Auti

 
 O Pró - Auti (Programa de Assessoria e Terapia Inclusiva) completou em outubro, oito meses de existência e vem contribuindo para formação de profissionais pela cidade de Campinas e região.
O programa oferece atendimentos de terapia ocupacional, psicopedagogia, psicologia e fonoaudiologia para um público variado de crianças que apresentam algum tipo de dificuldade escolar, como crianças com autismo, com distúrbios de aprendizagem, TDAH, síndrome de down e outras necessidades especiais.
Além dos atendimentos, o Pró- Auti também contribui com informações e orientações a profissionais que atuam com essas crianças nas redes regulares de ensino oferecendo palestras e cursos inclusivos.
Visando ainda facilitar o processo inclusivo dessas crianças, o programa realiza assessoria nas escolas parceiras e treinamento de mediadores escolares quando necessário.
Você educador, coordenador, diretor de escola, profissional da saúde ou pais, venha conhecer nosso trabalho e juntos quem sabe podemos estabelecer uma rica parceria de trabalho.

A ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM BEBÊS E CRIANÇAS

O estímulo que recebe o bebê constitui a base do seu desenvolvimento futuro




O estímulo precoce, como o próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa.
Todos sabemos que os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.
Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano. Ao contrário dos animais, os seres humanos somos muito dependentes dos nossos pais desde que nascemos. Demoramos mais para caminhar e dominar nosso ambiente. Tudo depende da aprendizagem que tivermos. Apesar da nossa capacidade estar limitada pela aprendizagem, nossas habilidades estão relacionadas à sobrevivência. Sem o aprendizado, nos convertemos em seres indefesos, sós, e expostos a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprendemos, nosso cérebro adaptável, nos permitirá crescer e sobreviver diante das situações mais adversas. 
A estimulação precoce o que faz é unir esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e fazer com que os bebês saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebê, está-se abrindo um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor.




Quando estimular um bebê


Colocar em prática uma estimulação precoce, é uma decisão absolutamente pessoal. Os pais são os que podem decidir se a querem ou não aplicá-la ao cotidiano do seu filho. No entanto, se decidem pelo estímulo precoce, deverão iniciá-lo o mais breve possível, já que, segundo os especialistas, a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade. Desde o nascimento até os 3 anos de idade, o desenvolvimento neuronal dos bebês alcança seu nível máximo. A partir dos 3 anos, começará a decrescer até sua total eliminação aos 6 anos de idade, quando já estarão formadas as interconexões neuronais do cérebro do bebê, fazendo com que seus mecanismos de aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta. É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes.
Todos os bebês experimentarão diferentes etapas de desenvolvimento que podem ser incrementadas com uma estimulação precoce. Para isso, deve-se reconhecer e motivar o potencial de cada criança individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que fortaleçam sua auto-estima, iniciativa e aprendizagem. A estimulação que o bebê recebe nos seus primeiro anos de vida, constituem a base do seu desenvolvimento futuro.Além das atividades que se aplicam na estimulação do bebê, é muito importante destacar que o ambiente também é uma ferramenta que devemos considerar. O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno. Se o bebê conta com a companhia de pessoas significativas para ele, como é o caso dos seus pais, eles se sentirão apoiados em seu vínculo afetivo, em suas habilidades e destrezas. A estimulação será mais completa.


Fonte: http://br.guiainfantil.com/